Páginas

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bahia em Cena!!!Oficinas e Teatro a preços populares!!!

Oi galera!!!!
Se vc gosta de assistir as melhores peçs de Teatro da atualidade na Bahia à preços populares e assistir à oficinas de teatro com Marfuz, Fábio Vidal,Hebe Alves dentre aoutros, não deixe de acessar este link abaixo!!! é tudo de bom!!!

http://www.bahiaemcena.com.br/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Naturalmente!

A reação de um menino ao encontrar pela primeira vez um casal gay. Um dia já fomos assim, sinceros...

http://youtu.be/i1jjNCwSk8U

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dia Interncaional do Homem - 15 de Julho

Querido HOMEM

Ao nascer provei do teu abraço e me sentia nas alturas, te conheci como PAI.
Ainda nas brincadeiras da infância conheci um amigo pra vida toda, meu IRMÃO.
Como era bom desfrutar do carinho e ouvir as histórias do meu AVÔ.
Nas festas de família contava as horas esperando a chegada do TIO, pai do meu PRIMO.
Na adolescência esperei o meu príncipe que se fez presente na figura do NAMORADO.
Chegando as responsabilidades da vida conheci o MARIDO, companheiro de todas as horas.
Foi com imensa alegria que te recebi, meu FILHO, o meu amor te acompanhará pela vida inteira.
Sobrinho motivo de orgulho, sempre é lindo. Presente que recebi do meu CUNHADO.
PADRINHO auxiliar do pai.
Nos momentos difíceis da vida sempre contei com aqueles que fizeram o papel de AMIGO.
Querido homem, seja você quem for, não importa qual destes papéis desempenha.
A você também foi dado o direito de chorar e se emocionar, seja másculo ou delicado.
Não importam suas escolhas políticas, sexuais, religiosas, esportivas, pode até torcer pelo Bahêa.
Lembre de amar-se e fortalecer seus vínculos de afeto.
Cuide da Saúde do Corpo, da Mente e do Espírito.
FELIZ DIA 15 DE JULHO – DIA INTERNACIONAL DO HOMEM.

Ana Maria Oliveira da Silva
(BI de Artes – Diurno / 2010.1

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ação e Mediação na ONG Omodara

E se houvesse apenas uma?



Com base nos problemas ambientais, entendemos que a arte possa ser uma linguagem mais próxima para a reflexão da massa populacional soteropolitana, que agride muitas vezes, de forma imperceptível o meio ambiente.

Responsáveis pelo manifesto CO2:
Dandara Novato, Julival Raymundo, Milena Ferreira, Milena Moreira e Verona Reis.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exposição no MAB conta a história de Salvador

Exposição no MAB conta a história de Salvador

O Museu de Arte da Bahia apresenta a exposição “A Memória da Cidade da Bahia no Acervo do Museu de Arte da Bahia”, que ficará aberta à visitação até o dia 03 de julho (2011). A mostra recorta o que há de mais importante na sua coleção permanente relacionada com a cidade do Salvador do século XVII ao XXI.

Data e Horário
Até 03 de julho, sempre às quinta-feiras 14 às 19 horas de terça a sexta, e das 14:30 às 18:30 nos finais de semana
Local
Museu de Arte da Bahia
Valores
Gratuito

terça-feira, 28 de junho de 2011

MUTO a wall-painted animation by BLU


Esse video é para o todos da turma, principalmente para o grupo que esta retratando o graffite e arte de rua.
O pseudônimo do artista é Blu italiano que tem em suas obras a arte do graffiti pelo mundo inteiro. Pouco se sabe sobre ele, pois o mesmo deliberadamente decidiu esconder sua identidade real.
Este video é bastante interessante e vale a pena ser assistido, pois além de utilizar o graffite como arte, ele utiliza a tecnica do Stop Motion na edição do video, perpassando de um ponto de vista não científico, sobre o início da evolução da vida e seu fim. Particularmente falando, um dos videos mais bem trabalhados de Stop Motion e Graffite que já vi.

O site para conferir mais um pouco sobre o trabalho de Blu segue no link abaixo:

domingo, 19 de junho de 2011

Leitura recomendada pelo Prof. Naomar Almeida aos BIs


Educar para o ofício ou
educar para mudar de ofício?

Por Claudio de Moura Castro*
* Assessor especial da presidência do Grupo Positivo, doutor em economia pela Universidade de Vanderbilt; foi diretor-geral da Capes, chefe da divisão de políticas de formação da OIT e economista sênior de Recursos Humanos do Banco Mundial; ensinou nos programas de mestrado da PUC/Rio, FGV, Universidade de Chicago, UnB, Universidade de Genebra e Universidade da Borgonha em Dijon
Todo ensino superior é uma mescla de formação geral com o aprendizado de um ofício ou profissão. Encontrar a boa combinação tem sido um desafio, já faz pelo menos dois séculos. Naturalmente, não há fórmulas mágicas ou únicas, mas sim respostas específicas a situações concretas. De fato, dada a imensidão das diferenças reais entre carreiras e entre níveis de alunos, não há como ignorar a advertência de que podemos falar de tendências gerais. Mas em cada caso, as soluções apropriadas são muito diferentes.
Como grande fio condutor da discussão, retenhamos três afirmativas:
[1] Quanto mais sólida e longa é a educação recebida nos níveis anteriores, mais o curso superior pode se concentrar nos assuntos da profissão a ser aprendida;
[2] Cada vez mais os empregos se afastam dos diplomas, a variedade de empregos torna-se cada vez maior do que a de diplomas e cresce também o número de diplomados que não encontram emprego correspondente;
[3] Quanto maior a chance de mudanças ocupacionais ao longo da vida, maior a importância de reforçar a formação de base que, é sempre útil, qualquer que seja a ocupação.


Ao contrário do que pensariam almas mais afoitas, o ensino superior não pode ser visto apenas como um aprofundamento cada vez maior em um campo do conhecimento cada vez menor. Na Rússia Soviética, era tamanha a abundância de diplomas que havia um curso de engenharia química de tintas com base sintética e outra engenharia separada para tintas com base natural. Tal exemplo era frequentemente apontado como o cúmulo da especialização. Leia artigo completo..

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fime baseado na ópera de Mozart


Thousand Hand Guan Yin

A dança - Thousand Hand Guan Yin -, no video abaixo, expressa que:
"Enquanto você é gentil e existe amor em seu coração
Mil mãos virão naturalmente em sua ajuda,
Enquanto você é gentil e existe amor em seu coração
Você vai chegar com mil mãos para ajudar os outros.
. Guan Yin é o Bodhisattva da Compaixão, reverenciado pelos budistas como a Deusa da Misericórdia. Seu nome é uma abreviação de Guan Shi Yin. Guan significa observar, assistir ou monitor; Shi significa o mundo; Yin significa sons, mais especificamente os sons de quem sofre. Assim, Guan Yin é um ser compassivo, que aguarda, e responde, as pessoas no mundo que clamam por ajuda."


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Arte com plástico reciclado































Arte com plástico reciclado

David Edgar é artista e professor aposentado da Universidade de Charlotte. Depois de 25 anos fazendo esculturas em metal, hoje trabalha com garrafas de detergente. Ele batizou o projeto de "Plastiquarium: recycled plastic art" e as peças são um show! Afinal, de velhas embalagens plásticas de detergentes e diversos outros produtos, ele cria esculturas incríveis. São peixes e outras criaturas que ao mesmo tempo que encantam, assustam, já que os "bichos" plásticos que entopem nossos rios e mares não são bonitinhos e inofensivos assim.

Veja mais no site do artista http://shadetreestudiosonline.net/plastiquarium_gallery.html

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vídeos de dança exibidos na aula de 06/06

Endereço dos vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=1xdhElJvJhI

http://www.youtube.com/watch?v=1xdhElJvJhI

http://www.youtube.com/watch?v=eMmFvCXdx3g

http://www.youtube.com/watch?v=eMmFvCXdx3g

A Barca - Projeto Turista Aprendiz

endereço do site do projeto

http://www.barca.com.br/

A História dos Eletrônicos por Annie Leonard

Complementando o post da colega Joice Paixão.

A História das Coisas ou The Story of Stuff (http://www.storyofstuff.com) é um projeto criado por Annie Leonard que visa ampliar as discussões sobre uma série de preocupações ambientais, sociais e econômicas, do envolvimento crescente das coisas nas comunidades, de modo a centrar nos esforços estratégicos para construir um mundo mais sustentável e justo.

Annie Leonard nasceu em 1964 em Seattle, Washington, é uma “expert” em matéria de comércio internacional, cooperação internacional, Desenvolvimento sustentável e saúde ambiental. É conhecida como criadora e narradora do documentário de animação The Story of Stuff (A história das coisas), que trata sobre o ciclo de vida de bens materiais. Também publicou uma versão em livro do filme, lançado em março de 2010 pela Free Press, da Simon & Schuster, os documentários The Story of Cap and Trade sobre Comércio internacional de emissões, e em 2010, The Story of Bottled Water.

Annie Leonard desvendou a indústria de eletrônicos. O resultado pode ser visto no vídeo abaixo.



Para ver outros videos:
http://www.youtube.com/user/storyofstuffproject#p/u

Fonte: http://www.drsa.com.br/2011/01/30/a-historia-dos-eletronicos-por-annie-leonard/
          http://www.youtube.com/user/storyofstuffproject#p/u
          
      

A história das coisas

terça-feira, 7 de junho de 2011

Realidade e Fantasia.

Art © copyright 2009, Os Gemeos fiz@uol.com.br . Photos by Brett Webb.

Os Gêmeos
Os Gêmeos é uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram a pintar grafites em 1987 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.

Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faile, de Nova York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona.

Vejam fotos da Exposição Vertigem que aconteceu no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
http://www.lost.art.br/osgemeos_vertigem_sp_01.htm  use as setas do teclado para navegar no site.

Entrevista Com Maria Inês Hamann Peixoto - Arte e Capitalismo - Relações Perigosas

Maria Inês Hamann Peixoto é de Ponta Grossa – PR. Doutora em Educação na área de filosofia, história e educação pela UNICAMP – Universidade de Campinas, é graduada em Pedagogia pela UFPR – Universidade Federal do Paraná, e em Filosofia pela PUC – Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Concluiu especialização em História da Arte / Artes Plásticas na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, envolvendo-se com pesquisa nesse campo do conhecimento, elaborando performances, instalações, esculturas e objetos. De formação marxista, defende o acesso coletivo aos bens culturais, buscando romper com a barreira entre o artista e o público, entendendo a arte como elemento humanístico. É autora do livro “Arte e Grande Público – A Distância a ser Extinta”. Ao longo desta semana, a professora, que também é artista plástica, esteve em São Luís ministrando seminário para educadores, artistas e técnicos administrativos da ONG Formação sobre a concepção marxista de arte e a crítica da mesma dentro do modo de produção da sociedade capitalista, evidenciando as relações hostis entre a sociedade burguesa e a arte. Na última quarta-feira, 24 de outubro, concedeu ao jornalista Paulo Melo Sousa, do JP Turismo, a entrevista abaixo, com a qual brindamos nossos leitores.

Paulo Melo Sousa – Professora, fale-nos um pouco acerca da apropriação da arte pela sociedade burguesa, segundo a concepção marxista.

Maria Hamann Peixoto – Na sociedade burguesa, a arte foi absorvida por uma concepção classista, já que nela existe a classe que detém o domínio econômico e político e a classe trabalhadora, que produz a riqueza. A burguesia, ao se consolidar no poder, começa a forjar dentro da produção artística um nicho específico, denominado pela própria burguesia como aquilo que se conhece como “arte erudita”. Até mesmo dentro do que se denomina de arte popular a burguesia pinça, seleciona alguns artistas que passarão a integrar o que ela chama de grande arte, ou “arte erudita”.

PMS - Qual a raiz dessa diferenciação?

MHP - Primeiramente porque a classe burguesa não tem o menor interesse em compartilhar seu modo de vida; ela quer a distinção em todas as áreas, inclusive na ciência, ao separar o saber que foi criado pelos trabalhadores ao sofisticá-lo, afastando dos próprios trabalhadores a capacidade de alcançá-lo, haja vista, nos dias de hoje, a dificuldade de acesso à universidade pela classe trabalhadora. Esse processo se reproduz na chamada arte erudita, fazendo parte dela apenas aquela arte assim denominada pelo sistema de arte...

PMS - Por favor, explique essa denominação...

MHP - Trata-se de um sistema criado pela burguesia, e que envolve tudo o que se ensina nas escolas sobre arte, o que se publica sobre arte e sobre os artistas, o que é mostrado nos museus, nos espetáculos teatrais, nos salões de arte ou nas bienais. A seleção das obras artísticas é feita segundo critérios internos definidos por esse mesmo sistema, pelos críticos de arte do sistema, separando o que deve ou não compor a grande arte.

PMS - Mas sempre existiu uma reação a esse processo, não é verdade?

MHP - Sim, as vanguardas foram um grito justamente contra tal estado de coisas, contra essa ruptura entre uma arte que se pretende erudita e uma arte chamada de popular, mas também as vanguardas foram absorvidas pelo sistema, que age dessa forma com tudo aquilo que se contrapõe a ele, enfim, que o contradiz. Nós temos o caso típico do Marcel Duchamp...

PMS - Duchamp, sobretudo com o Ready Made A Fonte, um urinol de louça, invertido...

MHP - Sim, ele gritaria: é arte aquilo que eu digo que é arte, não o que vocês dizem que é arte, não me submeto a construir a minha arte dentro dos padrões que os críticos do sistema de arte impõem. Entretanto, Duchamp foi subsumido, especialmente depois de sua morte, já que nessa condição o artista não tem mais como se defender (risos). Não me lembro quem disse isto, que para a burguesia bom artista é o artista morto, pois a obra desse artista consegue atingir alto preço no mercado simplesmente porque não irá mais produzir. Pela lei de mercado, o produto que é pouco ofertado alcança preços altíssimos. Então, Van Gogh, um artista que morreu na miséria, doente, e que conseguiu vender apenas um quadro em vida tem hoje suas obras leiloadas em Londres ou em Nova Iorque por milhões de dólares. Dentro do sistema de arte, a originalidade é um parâmetro muito importante; a arte que é reproduzida não possui valor, tem valor aquilo que é original, aquilo que é único, exatamente em razão das leis do mercado de arte.

PMS - O sistema de arte funciona como estratégia ideológica, um braço do poder!

MHP - De forma simplificada, em tal sistema alguns poucos determinam o que, como, quem é legítimo e quem não é, quem faz arte que deve ser ou não consagrada, e esses poucos, entre si, se reconhecem como autoridade; infelizmente, a maior parte dos artistas fazem de tudo para entrar em tal sistema. Aqueles que permanecem fiéis à verdade da sua arte são excluídos do processo. Esse sistema corrompe, pois os marchands, os críticos de arte passam a determinar aquilo que será efetivamente consagrado, considerado legítimo pelo sistema. A submissão pode atingir o ponto de o artista chegar a produzir quase que em escala para atender as encomendas de suas obras.

PMS - Trata-se, é evidente, de uma apropriação indébita do trabalho, da liberdade de expressão do artista, da sua capacidade de transgressão, enfim, da própria contestação de tal sistema. Fale sobre a fragmentação da arte contemporânea (erudita, popular, e aquela direcionada para as massas, para o consumo fácil), entendida como mercadoria, no âmbito da sociedade capitalista, sujeita ao cabresto da oferta e da procura, segundo a crítica marxista, de acordo com o recorte feito pela senhora em seu livro?

MHP - No meu livro eu mostro a irracionalidade da cisão entre a arte erudita e a arte popular, e mostro ainda a quem serve tal fragmentação. A arte é uma expressão do homem enquanto ser histórico e social. Em cada obra de arte está inscrita toda a história humana anterior ao momento presente, que constitui a humanidade de agora. Essa história, filtrada por nossa individualidade, torna-se nossa história pessoal. Então, a arte é uma expressão da humanidade e que, justamente por isso, deve ser usufruída por todos, mas na verdade é negada à imensa maioria da população. Dessa forma, tudo o que o ser humano construiu é apropriado por uma classe dominante, que provoca a implosão das condições de humanização do homem quando veda à maioria o acesso aos bens culturais produzidos por todos nós.

MHP - Daí a fragmentação do sujeito contemporâneo, como afirma Stuart Hall...

MHP - Exatamente, partindo da fragmentação da sociedade em classes, da fragmentação do trabalho humano e do homem em seu trabalho, que já não tem domínio do processo inteiro do seu trabalho, fazendo apenas parte dele, pois não tem acesso ao produto final, com o que se aufere com a venda do produto. Vende o seu trabalho, sua força de trabalho no mercado, o que gera a fragmentação humana. A arte é uma das criações humanas que resgata a totalidade do ser através de um trabalho de criação livre. Então, junto com o artista, a fruição estética ativa e transforma quem faz arte, quem se relaciona presencialmente com a obra de arte. Cada obra representa uma totalidade, pois o artista que a produziu é uma totalidade em todas as suas dimensões, a dimensão corpórea, os sentidos de um modo geral, a dimensão ética, social, política, enfim, de comunicação...

PMS - Aprofunde um pouco essa idéia!

MHP - Quando falo em dimensão política de ação sobre a realidade e em comunicação, entendo que não fazemos arte para nós mesmos. A arte é para o outro, ela acontece na relação com o outro, essa é uma concepção do materialismo histórico dialético. Quanto mais pública, mais diferenciada e intensa será essa obra. Quando se secciona a sociedade em classes e não se permite que uma determinada classe participe disso impede-se que um número imenso de pessoas se humanize através dessa produção essencialmente humana.

PMS - É possível ao artista sobreviver na sociedade burguesa sendo fiel à sua arte?

MHP - O artista que não se vende ao sistema enfrenta duras penas. Sobreviver da sua arte sem contar com uma outra fonte de renda, nesse contexto, é impossível, pois o sistema o coloca num ostracismo cruel. Da mesma forma, o artista que quer sobreviver dentro do sistema também vive assediado por problemas, pois deve estar sempre se enquadrando naquilo que está na crista da onda. Assistindo ao filme sobre Jackson Pollock, o pintor abstracionista norte-americano, vemos nitidamente ali a ação do sistema de arte, do mercado de arte sobre a produção dele, a ponto de, ao excluí-lo, ao retirá-lo do pedestal no qual o alçaram, pois ele não se alçou, foi alçado, enfim, quando ele é colocado num segundo plano, no período em que Willem de Kooning começava a aparecer, o seu próprio marchand, juntamente com a grande mecenas da arte, Peggy Guggenheim, e mais alguns críticos de arte, explicitamente disseram para o Pollock que ele já era. Então, ele deixa de produzir e se suicida. No sistema, os artistas têm que produzir constantemente, vendendo-se constantemente. Tal e qual no sistema de consumo tradicional, o artista é usado e descartado, pois o mercado só se mantém pela novidade. Todos os artistas que eu conheço que não se submeteram ao sistema possuem outra atividade profissional para a garantia da sobrevivência...

PMS - Sacrifício necessário para o combate a esse sistema daninho...

MHP - Exatamente, mantendo assim um foco de resistência essencial. Eu sempre digo a esses artistas que ensinem arte, que produzam seus trabalhos autênticos, que vendam seus trabalhos de forma a não se submeterem ao sistema. No caso dos artistas plásticos, às vezes o marchand fica até com 80% do valor das obras, o que é um absurdo. A venda direta ao comprador é o ideal. A submissão implica em amordaçar o artista à extração da mais valia, tal e qual o operário que não tem saída e que ganha um mísero salário mínimo. O artista verdadeiro não deve se conformar de forma alguma com a submissão, senão estará definitivamente perdido, fisgado por esse perverso sistema de arte da sociedade burguesa.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/2007/10/27/Pagina66641.htm

segunda-feira, 6 de junho de 2011

RIO DESIGN

Resolvi postar aqui uma parte do que vi la no fashion Rio do dia 02 e 03/06. Esse ano o evento apresentou um espaço para obras de arte que passeava das características mais simples às tecnológicas mostrando o Design como elemento fundamental para o desenvolvimento da indústria, com base para o conceito do espaço. O lounge contou com uma mostra de produtos produzidos pela Indústria do Rio e pelos Criativos do Rio. A proposta é apresentar o Design não só na Moda, como em todos os segmentos da indústria de transformação.
"Muito do que podemos fazer com design depende do contexto em que fazemos nossas perguntas. Uma definição de um inovador é a de alguém que é capaz de fazer a pergunta que ninguém pensou em fazer antes!"

RIO DESIGN:


Poltrona Chifruda - Sergio Rodrigues, 1963

Relógio New Old - Doppel, 1999

Projeto piloto - Muggia 2009

Sofá Knot - Latoog, 1999



SARAMAGO, Jose.



BIOGRAFIA
 
José Saramago é um dos romancistas mais populares do mundo nasceu na aldeia de Azinhaga Português em 16 de novembro de 1922. Ele era filho de camponeses pobres, que marcou profundamente sua ideologia esquerdista que nunca abandonar. Passou a infância na aldeia de Azinhaga, a família mudou um tempo na Argentina, e depois se fixou em Lisboa.
Ele se casou com Ilda Reis, em 1944, com quem teve sua filha Violante.
Este escritor auto-publicou seu primeiro romance, "Terra do Pecado, em 1947. Embora este trabalho recebeu elogios, Saramago decidiu inéditas mais de 20 anos. Jornalista e membro do Partido Comunista Português, sofreu censura e perseguição durante a ditadura de Salazar. Juntou-se a Revolução dos Cravos chamados que trouxe a democracia a Portugal em 1974.
Manteve uma posição cética intelectual e ética e estética acima de partidarismos políticos, e comprometido com a raça humana. Uma visão controversa da história e da cultura são o cerne de suas obras.
Ele ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1998, tornando-se o primeiro escritor Português para obtê-lo. Ele foi homenageado por seu trabalho com inúmeros prémios e doutoramentos honoris causa (das universidades de Turim, Sevilha, Manchester, Castilla-La Mancha e Brasília). Ele recebeu o Prêmio Camões, equivalente ao Prêmio Cervantes em países de língua Português.
Seu trabalho é considerado pela crítica mundial como um dos mais importantes da literatura contemporânea.
Ele passou seus últimos anos em sua casa na ilha espanhola de Lanzarote (Ilhas Canárias), o aldo sua esposa Pilar del Río.
Levantado do chão (1980) foi o romance que o revelou como o grande romancista Português maduros e inovadores. É um romance histórico, situado no Alentejo, entre 1910 e 1979, uma língua de camponeses, um robusto e documentado e um estilo humorístico e sarcástico dramaticamente chamou a atenção na época. trabalho contínuo de grande interesse como Memorial do Convento (1982), O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), História do cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus (1991) e Ensaio sobre a Cegueira (1995), obra em que o autor a partir de considerações éticas adverte sobre "a responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam."
Ele faleceu em 18 de junho de 2010.

REFERÊNCIAS:

Biográfico
1997 Cadernos de Lanzarote (Lanzarote documentos, coleta (1993-1995))
2001 Cadernos de Lanzarote (Lanzarote documentos, coleta (1996-1997))
Como 2006 de memória pequeno. (As pequenas memórias, lembranças de sua infância)

Poesia
1966 Possíveis Os poemas (Poemas possível)
1970 Provavelmente alegria (provavelmente alegria)
1975 O Ano de 1993 (O ano de 1993)
2005 Poesia Completa (Antologia)

Histórias
Objeto Quase 1978 (Quase um objeto, histórias)
1979 Poéticas dois sentidos: ou ouvido (os cinco sentidos: audição)
1998 O conto da Ilha inconnu (Conto da Ilha Desconhecida ", todas as ilhas, incluindo conhecidas, são desconhecidas até que a terra sobre eles)
2001 Uma flor Maior do Mundo (a maior flor do mundo, a história das crianças)
2009 O Notebook (blog Europeu de Saramago)

Novela
1947 Terra do pecado (Terra do Pecado)
Claraboia 1948 (Skylight, o romance nunca publicado)
1977 Pintura e Caligrafia Manual (Manual de Pintura e Caligrafia, romance filosófico sobre a figura do artista)
1980 Levantado do Chão (levantamento, a história de várias gerações de camponeses Português, testemunhando as dificuldades do campo e um período trágico, que culmina com o triunfo da Revolução dos Cravos)
1982 Memorial do convento (Memorial do convento, a tradução de Basilio Losada ganhou o Prêmio Nacional para a tradução)
1984 O ano da Morte de Ricardo Reis (O Ano da Morte de Ricardo Reis)
1986 A jangada de Pedra (A Jangada de Pedra, a Península Ibérica mostra o resto da Europa e navega pelo Atlântico)
1989 História do Cerco de Lisboa (História do cerco de Lisboa, em 1147)
1991 O Evangelho Segundo Jesus Cristo (O Evangelho Segundo Jesus Cristo, a visão original da vida do fundador do cristianismo)
1995 Ensaio sobre um Cegueira (Blindness, uma frase para uma estranha epidemia de cegueira branca da Cidade)
1997 OS Todos nomos (Todos os nomes, um romance sobre Don José, um burocrata kafkiano de ser encontrado no cartão de registro civil de uma mulher, que nem sequer conhece o cara, se apaixona perdidamente, e vai procurar)
2000 A Caverna (The Cave (romance), um romance do mito platônico e critica o consumismo)
2002 O Homem duplicado (duplicata homem, dois homens são idênticos milímetros, explora a angústia de estar perdido em uma sociedade de massa anônimos)
2004 Ensaio sobre a lucidez (Ensaio sobre a clareza, investiga os limites da democracia)
2005 Como Morte da intermitentes (morte intermitentemente, aproximadamente um país onde as pessoas deixam de morrer)
2008 A Viagem do Elefante (A viagem do elefante)
2009 Cain

Crônicas
1971 e do Outro do mundo (este mundo eo próximo, as crônicas publicadas no jornal "A Capital")
1973 A Bagagem do viajante (bagagem de viajante, as crônicas publicadas no jornal "A Capital" e "Jornal do Fundão)
Como 1974 opiniões TeVe que quer DL (DL tinha opiniões, políticas Crônicas)
I Apontamentos 1977 (notas, relatórios publicados nos jornais "Diário de Lisboa" (1972-1973) e "Diário de Noticias" (1975))

Guia Turístico
1981 Viagem a (Volta a Portugal), Portugal
Teatro
1979 A Noite (The Night)
Maio 1980 farei com este Livro? (O que eu faço com este livro?)
1987 A segunda vida de Francisco de Assis (A Segunda Morte de Francisco de Assis)
Em Nomine Dei 1993
2005 Don Giovanni OU O dissoluto absolvendo


PRÊMIOS

Honorário Irmandade do Residencia de Estudiantes, Universidad Carlos III (Madrid, Espanha)
Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres (França)
Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal)
Doutor Honoris Causa pela Universidad Autónoma del Estado de México (México)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Autônoma de Madrid (Espanha)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Brasília (Brasil)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de (Espanha) Salamanca
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Castilla-La Mancha (Espanha)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de El Salvador (El Salvador)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Costa Rica
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Manchester (Reino Unido)
Doutor Honoris Causa pela Universidade de (Espanha) Sevilla
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Turim (Itália)
Doutor Honoris Causa pela Universidade Politécnica de Valência (21 de janeiro de 1999)
Teatro Gran Prix, a Associação de Escritores Português
Grande Prêmio de Romance e Ficção (da Associação Portuguesa de Escritores), 1991 (Evangelho Segundo Jesus).
Membro Honorário da Academia da língua Canaria
Membro Correspondente da Academia Argentina de Letras
Membro da Academia Europeia de Yuste (Yuste, Espanha)
Membro da Academia Universal das Culturas (Paris)
Membro do Parlamento Internacional de Escritores (Estrasburgo)
Membro do Conselho de Honra da Fundação César Manrique (Lanzarote, Canárias)
Membro honorário do Conselho do Instituto de Filosofia do Direito e Histórico e Estudos Políticos da Universidade de Pisa (Itália)
Juan Prêmio Arcebispo de San Clemente (Santiago de Compostela)
Brancatti Prémio (Zafferana, Itália), 1992 (Ensaio sobre a Cegueira).
Prémio Camões (1995)
Prémio Cidade de Lisboa, 1980 (do chão).
Prêmio Consagração Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores, 1995.
Prêmio da Crítica (da Associação Português de Críticos de Arte), 1985 (O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Prémio Dom Dinis (Fundação da Casa de Mateus), 1986 (O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Ennio Morricone Prêmio Flaiano (Itália), 1992 (do chão).
Prêmio Europeu de Comunicação Jordi Xifra Heras (Girona)
Grinzane - Cavour (Alba, Itália), 1987 (O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Internacional Prémio Literário Mondello (Palermo, Itália), 1992 (Ensaio sobre a Cegueira).
Prêmio Literário Cidade de Lisboa, 1983 (Memorial do Convento).
Prêmio Literário Cidade de Lisboa
Prémio Nobel da Literatura (08 de outubro de 1998).
Prémio Pen Club Português, 1983 (Memorial do Convento).
Prémio Pen Club, 1985 (O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Penne Award (Mosca, Penne, Itália)
Prêmio Rosalía de Castro (Vigo)
Scanno Prémio (Gabriele d'Annunzio Universidade, Chieti)
Vida Literária Associação Português Prêmio de Escritores, 1993.
Presidente Honorário da empresa nonexecutive Sintratel [1]
Membro Honorário da Sociedade Português de Autores (Lisboa)
O prêmio Independent Foreign Fiction (Inglaterra), 1993 (O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Filho favorito da Andaluzia, de 2007.  


LINKS

http://www.rnw.nl/informarn/html/cul020923_saramago.html
Biografia, bibliografia, texto e artigos de notícias.

www.mundolatino.org/cultura/saramago/saramag0.htm
Biografia, bibliografia, texto e artigos de 1998, Nobel de Literatura

http://www.el-mundo.es/larevista/num129/textos/chiapa2.html
Falando ao jornal de José Saramago (Portugal, 1922) na Cidade do México depois de sua viagem de Chiapas, em 14 e 15 de março.

http://www.rnw.nl/informarn/html/cul020923_saramago.html
José Saramago entrevista concedida à Rádio Neederland

http://www.athenea.es.org/platic/saramago.htm
Entrevista com José Saramago por Daniel Molini

http://www.alfaguara.com.mx/saram.htm
Editorial Alfaguara.Página dedicado a J. Saramago.

http://www.ucm.es/info/especulo/numero19/saramago.html
José Saramago no artigo do Jornal SPECULUM

http://faculty.ssu.edu/ ~ bnstiegl / saramago.html
Saramago carta ao presidente do Uruguai, em solidariedade com o poeta Juan Gelman

http://www.instituto-camoes.pt/escritores/saramago.htm
Site oficial do Instituto Camões de Lisboa

Oração do Bandeijão(RU) na UFBA Intervenção baseada na Banda mais bonit...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Janela da Alma

Edvaldo Mascarenhas


REFLEXÃO


Em Janela da Alma observa-se que no relato de Saramago, ele nos reporta a uma reflexão problemática mundial,que é a falta de humanidade e de respeito à sociedade.


O que poderia se fazer para dar um pouco de conforto a essa?


É traçar um plano político educacional artístico social,onde o aprendizado através das artes, teria um foco maior dando oprtunidade a todos de adquirir um vasto conhecimento de mundo.Esse marcado pela indigência cultural,pela desumanidade social.


Estamos vivendo uma guerra de descultura,deseducação,onde vale mais essa sociedade menos aculturada,escolarizada?


Não!Esperamos um povo que saiba se colocar,reivindicar e buscar por suas origens e,que seja forte,que tenha oprtunidade de mostrar seu valor na sua diversidade cultural,que possa ter a chance de abrir a boca e gritar:


Somos um povo que sabemos o que estamos vivendo , Somos humanos e que temos o direito de educação e cultura para que possamos crescer socialmente intelectual.


" Uma pessoa que não conhece sua passada Hitória,Origem e Cultura,è como uma arvore sem raízes".

(Peter Tosh)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Arte e o Capitalismo.

As pessoas sabem que os problemas do mundo estão aí. E o que se faz para resolvê-los?"

José Saramago
Escritor Português

Pergunta lançada pelo escritor José Saramago em seu depoimento que faz parte do Documentário Janela da Alma de João Jardim e Walter Carvalho.

Relacione as provocações apresentadas por Saramago com a Arte e o Fazer Arte.




José Saramago aborta de forma muito objetiva o poder que o capitalismo tem em manipular e reger a nossa sociedade, sempre a favor dos seus interesses, visando o aumento e crescimento da sociedade de consumo. Para o campo das artes não é diferente, pois a maioria das produções artísticas sofre influência direta do capitalismo, que “apóia” o que hoje é rentável.

A cultura de massa que hoje é aplicada não possibilita uma independência para a arte, toda e qualquer linguagem esta sobre as regras determinadas pela cultura, da qual o capitalismo faz uso para determinar as tendências que o mercado da arte deve seguir.
Esse tipo de influência prejudica muito o lado criativo das produções artísticas, em decorrência do interesse em dar credito ao que é seguro, rentável, que já deu certo. Desta forma se observa o grande número de cópias e releituras de trabalhos já consagrados.

Victor Aede

terça-feira, 31 de maio de 2011

Paulo Nascimento

Saramago inicia seu discurso expondo alguns porquês. Cita o comportamento e reflete sobre o que vem, de fato, a contribuir e direcionar as nossas escolhas e comportamentos. A modernidade é relatada, em um sentido mais amplo e filosófico.

Sabemos dos problemas do mundo, isso é deixado bem claro por Saramago, porém não fazemos o necessário para resolvê-los. Temos a liberdade e livre escolha da nossa vida, mas fica evidente que algo, alguma força, talvez do nosso inconsciente nos empurra para uma mesma direção. Está direção, não sabemos par aonde irá nos levar. Se para o bem ou mal está é uma intrigante interrogação.

Comenta sobre às ONGS, o terceiro setor, dizendo ser “a caridade dos povos modernos”, não às critica porém, pelo visto, não serão a solução para os problemas mundiais.

Relata que nós vivemos em uma ditadura econômica, onde somos vistos não mais como cidadãos, e sim como cliente. A partir daí há uma analise sobre o consumismo. Este que nos leva a ser egoístas, nos dá uma sensação de poder, mesmo que em alguns casos só o de compra e, ao meu ver, poderá nos levar ao ápice do caos mundial, ou até mesmo a uma guerra de todos contra todos. “A ditadura econômica sem soldados armados” capitalismo autoritário, são frases adaptadas que fazem parte da continua reflexão do Saramago.

Enfim, o relato é bem complexo e amplo para ser reduzido em algumas linhas. A partir do que assistir pude observar a genialidade de José Saramago e a sua preocupação em questões simples mas que poderão levar a nossa humanidade a extinção.

Paulo Nascimento

A arte seria o remédio?

Refelxão sobre Saramago por Julival Raymundo

Num mundo onde a valorização do moderno, a opressão econômica e capitalista suprimem ou controlam as vontades dos homens, seria a arte a redentora? Será que a arte caberia para reconstruir os pensamentos e as ações indidualista? Será que a arte ajudaria refletir os atos?

Todos esses questionamentos pode-se pensar ao ouvir Saramago. No vídeo ele faz uma análise da atualidade. É possível perceber como o fantasma do capitalismo intimida as pessoas a saberem que os problemas do mundo existem, mas elas (as pessoas) não realizam nada para mudá-lo. Esse mesmo capitalismo por vezes nos leva a valorizar o ter ao invés do ser.

Fico a pensar o que eu faço pelo mundo? Sinto-me parte desse grande bolo humano comprimido e sem ação, levados por esse didatorismo do capitalismo. Imagino o que posso fazer para mudar? Como lutar com esse “inimigo invisível”? Mesmo parecendo estar sozinho, posso iniciar um processo transformador, e assim: fazer da artes um processo de reflexão; usar a arte como arma que alcançaria pessoas sem fazer distinções ou preconceitos.

Reflexões de Saramago por Meire Ellen

Neste vídeo Saramago faz reflexão sobre o rumo que a vida em sociedade, tem se direcionado de acordo com as necessidades e ambições de cada um. As pessoas deixaram de se preocupar com o todo e “olham apenas para o seu próprio umbigo”, fazendo apenas o que lhe acham pertinente, para agradar o seu ego, ou até mesmo para mostrar que também pode ter ou fazer algo que todos têm ou fazem. Isso é a modernidade.

Segundo o autor, o consumismo é a ditadura militar renovada, ou seja, a ditadura econômica. Sabemos que as pessoas têm consciência do que é certo e errado, e que todos temos o livre arbítrio, mas a pressão que a sociedade nos faz, acaba por nos levar a um mesmo caminho: o do capitalismo. E hoje, o que importa não mais é um individuo com boa saúde intelectual, e sim com um bolso “saudável”. Para se ter uma boa imagem perante a sociedade, é necessário andar na moda, em companhia de pessoas influentes economicamente, ter imóveis e super carros.

Dentro desse mesmo modo de ditadura do capitalismo, está inserido o cenário político, onde quem manda é quem tem mais dinheiro. Nas eleições, de quatro em quatro anos, escolhemos o nosso representante e atribuímos a ele e a seu partido, somente a eles, toda a responsabilidade de direcionamento de nossa sociedade. Mas os grandes mandantes do governo continuam os mesmos manipuladores que se escondem atrás de todo o seu dinheiro.

Dentro destas questões podemos refletir sobre a arte. O que estamos fazendo da arte, com a arte e que tipo de arte? Será que esta mesma imposição capitalista está nos direcionando a um caminho já traçado por eles? A cultura popular está a algum tempo perdendo a sua valorização, por mais rica que seja essa cultura, os “grandes espetáculos” que tem os incentivos governamentais. Portanto, conclui-se que nós, admiradores e fazedores de arte temos o dever de mudar esse triste quadro, fazendo a nossa parte. Que parte é essa? Ai fica uma pergunta que espero que seja respondida pela professora e por meus colegas.

Meire Ellen

O vídeo de José Saramago relata alguns dos problemas vividos pela sociedade contemporânea, onde nós somos manobrados junto há massa deixando de lado nossa maneira própria de pensar e produzir, naturalmente e artisticamente, dando maior valor ao bem material. Porém como o próprio Saramago diz algumas pessoas seguem o sentido contrario a essa massificação, dessa forma entendo que de maneira artística o pensamento flui diferente colocando mais valor em coisas pequenas e mobilizando-se mais em pro da resolução de problemas sociais.

Quando me refiro a manifestações artísticas não me restrinjo apenas a ao que possuem formação na área, nos considerados autodidatas ou nos que atuam na área. Em meu pensamento acredito que todos possuem um lado que desconstrói a padronização imposta pelo capitalismo, manifestação importante, pois caso isso não acontecesse já poderíamos ter virados robôs da ditadura capitalista.

Acredito que uma conseqüência dessa sociedade focada no capital é a nivelação, a padronização até mesmo do ingresso da população no âmbito acadêmico, desta forma restringindo aquele que não se apitam, porém claro que isso não é geral, pois existe uma essência que soa contaria há esse processo, assim tentado amenizar o efeito nocivo das praticas capitalistas.

Rebeca Giovana Lima

Saramago "mediando arte"





"As pessoas sabem que os problemas do mundo estão aí. E o que se faz para resolvê-los?"



José Saramago
Escritor Português




Pergunta lançada pelo escritor José Saramago em seu depoimento que faz parte do Documentário Janela da Alma de João Jardim e Walter Carvalho.



Relacione as provocações apresentadas por Saramago com a Arte e o Fazer Arte.



Saramago inicia seu depoimento falando sobre o conformismo de algumas pessoas e o posicionamento crítico de outras mediante as situações da vida. A arte é um tipo de saber humano que se encontra intimamente ligado a expressão da alma e que pode ter um viés crítico incorporado em suas manifestações. Seguindo esta linha de raciocínio, o escritor retrata em seu depoimento que as coisas não precisam ser consideradas necessariamente boas apenas por serem novas, e ainda defende que seu questionamento não é um tentativa de validar eternamente o antigo, mas um ensaio que tenta compreender o porquê das pessoas acreditarem que algo novo é efetivamente melhor do que alguma coisa mais antiga? Saramago acredita que esta relação tem algo a ver com o fato do novo atender às necessidades momentâneas e ao fato também, das pessoas acreditarem que as coisas novas, que foram criadas na esfera imediata, atendem nao apenas ás necessidades atuais, mas apresentam a capacidade de trazerem a solução dos anseios futuros ligados ao campo no qual a tal coisa encontra-se inserida. Na arte, muitas pessoas tendem a valorizar as criações que apresentam algum contexto histórico e acabam por esquecer- se do quanto é boa a arte feita pelos novos artistas que traduzem suas indignações em forma de manifestações artísticas.



O escritor português José Saramago cita ainda as razões para explicar o fato das pessoas continuarem a reconhecer a idéia do novo como sendo o ideal de melhor, ao que parece, seriam impulsionadas por alguma força que as levariam a acreditar nesta do novo responder aos seus anseios atuais e ainda criar respostas imediatas e futuras às suas necessidades. Este funcionamento mantém a máquina capitalista funcionando com base na verdade da necessidade infinita de consumo, e esta necessidade, que a toda hora se manifesta nos meios midiátios, encontra relação relação direta entre os círculos de venda e a vontade de consumo. A todo visto, nada parece errado, já que as leis atuais, baseadas nas relações dos capital, ditam essas regras que estão incorporadas nos sentidos de todos. Entretando, ninguém mais se importa com a causa alheia, se o outro passa fome, enquanto se ver uma série americana cabiada por uma TV por assinatura em um televisor 3D...



Saramago afirma que as ONGs são as fontes de caridade na contemporaneidade, muiyas delas se utilizam da sincronia entre a arte e as necessidades locais para trazer o mínimo de dignidade aos que delas fazem uso. Neste contexto, a importância da mediação artística e da arte educação é fundamental para se manter uma relação de aprendizado, mesmo que seja de forma artesanal em oficinas. a arte cria vpinculos entre as pessoas e a cidadania e talvez através dela o grande questionamento do escrito Saramago possa ser resolvido, pois a arte com um papel importante do despertar das pessoas para as suas realidades pode favorecer não apenas a consciência crítica, discutida por Saramago no início do seu depoimento para o documentário, mas também serve de base para as manifestações que traduzem os anseios dos artistas e sensibilizam as pessoas para as coisas do mundo.





Cristiane F. Fernandes

José Saramago - Janela da Alma

"As pessoas sabem que os problemas do mundo estão aí. E o que se faz para resolvê-los?"

Esta é a pergunta que o escritor José Saramago nos lança nesse depoimento parte do documentário Janela da Alma.

http://www.youtube.com/watch?v=EyOcrtCwekM

Como você relaciona essas provocações de Saramago com Arte e com "fazer Arte"?


“A linguagem da arte foi usada pelo ser humano antes da linguagem escrita.A Arte foi a forma de expressão usada pelo homem pré-histórico para interpretar o mundo em que vivia.”

A arte é um agente civilizador que, com seu formidável poder de transformação, é capaz de abrir a percepção humana e de fazer com que se revele o amor do homem pelo mundo e pelas coisas do mundo. Tomada como instrumento, porém, a prática artística figura uma chave para uma leitura às claras do mundo, a sua compreensão mais completa, um meio para o objetivo maior de promover a inclusão social. 

José Saramago Janela da Alma

Janela da Alma Release:Jandineli de Jesus



















De acordo com o vídeo, Saramago já começa seu depoimento falando que não quer cada qual é como nascem, porém algumas pessoas poderiam poderar o modo de se comportar, e outras não.Ele se pergunta porque algumas pessoas mantém uma atitude crítica em relação às coisas e outras não, e o porquê das pessoas acharem que as coisas novas são melhores do que as antigas, sem querer defender o antigo, porém não entendem o porque das pessoas acharem que o novo sempre é o melhor à ser aplicado no momento.


Ele tem consciência de que as pessoas sabem e observam isso no seu dia a dia, isso porquê elas tem o livre arbítrio, mas mesmo assim parece que tem alguma espécie de pressão que levam todos á mesma direção.Alguns irão querer contrapor à esse movimento,porém há uma espécie de máquina que os empurra,e a única coisa para resolver esse problema, é que essa massa de empurrados empurrem de volta, aí sim haveria uma solução. As pes soas sabem que os problemas existem e estão aí, milhões de pessoas morrem e não acontece absolutamente nada, existem as ONGS, umas inclusive que fazem projetos excelentes, mas isso também não resolve.


Ele diz que a ditadura não mudou, porém agora não é com os batalhões da morte, e sim numa ditadura econômica , que é um capitalismo autoritário, onde o melhor é aquele que pode triunfar na vida, ter bens e dinheiro, pois essa máquina nos obriga á comprar, somos apenas consumidores e nada mais.Para ele, a democracia virou uma moda ,pois as pessoas de 4 em 4 anos vão votar depositando toda a sua capacidade política à uma pessoa ou partido que ás vezes nem conhece para fazerem o que quiserem, e isso não é democracia, é ilusão, o que eles fazem com o povo, pois os políticos não mudam nada ,sófazem leis e impostos, mas quem manda na verdade é o capital.


Ele faz uma citação bastante interessante, ao final dizendo que as Multinacionais não precisam se aporesentar como candidatas, pois elas já mandam,o capital é quem manda.A empresa quando precisa de um profissional é a universidade quem prepara, e essas pessoas que estudaram tanto ficam à mercê do que essas empresas necessitam.Achei o vídeo bastante interessante e percebi que como ele falou a única maneira disso mudar é que essa massa se contraponha empurrando de volta essa máquina que as empurra para fazerem o que elas quem, e uma das coisas que as pessoas devem fazer para que essa situação mude é viver,fazer e respirar arte, cultura e conhecimento para que não sejamos esse massificados e massacrados ,e nem um ou dois que lutam por algumas causas, e sim transformar essa massa num exército de pessoas que irão se contrapor à esse movimento que só tende á piorar se ficarmos parados.