Neste vídeo Saramago faz reflexão sobre o rumo que a vida em sociedade, tem se direcionado de acordo com as necessidades e ambições de cada um. As pessoas deixaram de se preocupar com o todo e “olham apenas para o seu próprio umbigo”, fazendo apenas o que lhe acham pertinente, para agradar o seu ego, ou até mesmo para mostrar que também pode ter ou fazer algo que todos têm ou fazem. Isso é a modernidade.
Segundo o autor, o consumismo é a ditadura militar renovada, ou seja, a ditadura econômica. Sabemos que as pessoas têm consciência do que é certo e errado, e que todos temos o livre arbítrio, mas a pressão que a sociedade nos faz, acaba por nos levar a um mesmo caminho: o do capitalismo. E hoje, o que importa não mais é um individuo com boa saúde intelectual, e sim com um bolso “saudável”. Para se ter uma boa imagem perante a sociedade, é necessário andar na moda, em companhia de pessoas influentes economicamente, ter imóveis e super carros.
Dentro desse mesmo modo de ditadura do capitalismo, está inserido o cenário político, onde quem manda é quem tem mais dinheiro. Nas eleições, de quatro em quatro anos, escolhemos o nosso representante e atribuímos a ele e a seu partido, somente a eles, toda a responsabilidade de direcionamento de nossa sociedade. Mas os grandes mandantes do governo continuam os mesmos manipuladores que se escondem atrás de todo o seu dinheiro.
Dentro destas questões podemos refletir sobre a arte. O que estamos fazendo da arte, com a arte e que tipo de arte? Será que esta mesma imposição capitalista está nos direcionando a um caminho já traçado por eles? A cultura popular está a algum tempo perdendo a sua valorização, por mais rica que seja essa cultura, os “grandes espetáculos” que tem os incentivos governamentais. Portanto, conclui-se que nós, admiradores e fazedores de arte temos o dever de mudar esse triste quadro, fazendo a nossa parte. Que parte é essa? Ai fica uma pergunta que espero que seja respondida pela professora e por meus colegas.
Meire Ellen
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